Queridos irmãos, A Paz do Senhor!
Chegamos ao final de nossa revista CIDADANIA CRISTÃ - terceiro trimestre de 2009!
Foi muito bom termos caminhado juntos durante os últimos três meses e como encerramento , vamos conhecer parte das ESTRATÉGIAS HISTÓRICAS CONTRA A IGREJA Professor: Pr. Eduardo Messias
Bem vindos!
TEXTO ÁUREO
“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo”. Ef 6.11.
VERDADE APLICADA
A Igreja existe na pessoa do próprio Jesus, se nutre dEle, se fortalece e se santifica nEle e, na sã doutrina, cresce e encontra seus princípios, objetivos, poder e vigor.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
1) Contribuir para que os alunos alcancem maior percepção e discernimento dos ardis de Satanás;
2) Destacar a importância da “nutrição doutrinária” saudável para o vigor da Igreja e para a qualidade da influência que ela exerce sobre a sociedade;
3) Ensinar que devemos vigiar, pois o inimigo espreita nossos fraquezas e defeitos morais como ferramenta contra a Igreja.
GLOSSÁRIO
Chamuscada: Levemente queimada, crestada;
Infante: Incapaz de falar, que está na infância, criança, infantil;
Mártir: Pessoa que sofreu tormentos, torturas ou morte por sustentar a fé cristã.
INTRODUÇÃO
Muitas estratégias diabólicas contra a Igreja consistem em distorcer, violar, ridicularizar, suprimir, reinterpretar, e relativizar as leis do Reino para minimizar e neutralizar a influência cristã no mundo e impedir o cumprimento desta profecia: “Não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor” (Jr 31.34; Hb 8.11).
1. SATANÁS ATENTA CONTRA A INFÂNCIA DA IGREJA
As diversas faixas etárias mencionadas nesta lição apontam apenas para o aspecto histórico e organizacional da Igreja. O corpo de Cristo (Cl 1.18; Hb 12.23) nunca envelhece e é indestrutível (Ap 7.14; 12.11).
Como Satanás desconhece “o mistério de Cristo e da Igreja” (1Co 2.7; Ef 5.32; Cl 1.26,27), ele ronda seus membros e líderes, para ver se encontra um ponto fraco pelo qual possa destruir a noiva do Cordeiro (1Pe 5.8). Entre suas táticas encontramos:
1.1. Perseguição legal
O inimigo imaginava que para salvar suas vidas, os membros da Igreja abandonariam a fé de Cristo. Satanás não queria mártires, queria desertores. Mártires enaltecem a Igreja, desertores a desonram.
Por meio de falsos judeus (Ap 2.9) acusou a Igreja recém-nascida de ser inimiga da lei, dos costumes e das tradições (6.13,14).
Esta falsa acusação culminou na primeira grande perseguição aos crentes em Jesus (At 8.1). A congregação foi dissolvida, mas a Igreja cresceu ao invés de morrer (v 4).
1.2. Adulteração da doutrina
Satanás usou dois poderosos venenos doutrinários contra a infância da Igreja: O legalismo judaizante e o Gnosticismo.O primeiro ensinava que para serem salvos os cristãos precisavam cumprir todas as exigências e cerimoniais da Lei Judaica. Se enveredasse por esta doutrina a Igreja poria entre os homens e Jesus todo o aparato legal do judaísmo. Isto prejudicaria o relacionamento dela com Cristo e a impediria de alcançar todos os povos da terra.O segundo designa o movimento religioso que floresceu durante os primeiros séculos da era cristã. Suas bases filosóficas eram as da antiga Gnose (conhecimento). Os gnosticos reivindicavam a posse de conhecimentos secretos indispensáveis à salvação que, segundo eles, só era obtida pelo conhecimento (Ap 2.24). Encorajavam a imoralidade e a licenciosidade como meios de libertar o espírito da matéria que, ensinavam eles, era o princípio do mal. De todas as heresias gnósticas a mais prejudicial era negação da humanidade, morte e ressurreição de Cristo, o que tornava vã toda a esperança cristã (1Co 15.17-19). Se a Igreja tivesse abraçado a doutrina gnóstica o Cristianismo teria se transformado em mais uma religião pagã entre as tantas que havia no Império Romano.
1.3. ‘Adesão’ da nobreza à fé cristã
Satanás explorou a vaidade dos cristãos, que exultaram por ter entre suas fileiras o cidadão número um do Império Romano.
No século III, o Cristianismo, expressão visível, ainda que muitas vezes distorcida, da Igreja, obteve a simpatia do imperador Constantino. Por influência e imposição dele muitos da nobreza foram admitidos na igreja sem a experiência da conversão e alguns deles até se tornaram mestres e líderes do Cristianismo (Ap 2.14).
2. SATANÁS TENTA ROUBAR A IGREJA JUVENIL
Embora tenha causado danos ao Cristianismo às tentativas acima não puderam extinguir a Igreja, que a despeito de toda oposição aberta e/ou velada foi se expandindo e alcançou a idade jovem (Ap 2.10). Nesta fase da igreja, a estratégia do inimigo consistiu em subtrair do Cristianismo tudo que Satanás considerasse vital a subsistência da Igreja. Consideraremos pelo menos três áreas em que a cristandade foi saqueada:
2.1. A liberdade da Igreja
A partir do século IV, o Cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano. Os imperadores sustentavam as organizações cristãs, interferiam nos negócios eclesiásticos e exerciam autoridade na igreja visível. O Império usou o Cristianismo para estender, fortalecer e manter o seu poder e o Cristianismo usou da força e do poder imperial para ‘converter’ os povos. Esta aliança mundana sacrificou a liberdade da Igreja de obedecer antes a Deus que aos homens (At 5.29), subjugou as organizações cristãs às vontades ímpias, foi responsável pela ceifa de milhares de vidas e por suscitar nos corações inconversos ódio ao Evangelho, rejeição a Cristo e ao Cristianismo e medo da Igreja.
2.2. Na pureza da adoração
O culto a Maria, nas suas mais variadas manifestações, substituiu o culto às deusas pagãs no coração do populacho que aderiu ao Cristianismo ‘da boca pra fora’. Ao deixar de depender unicamente de Cristo, o Cristianismo abandonou a pureza do Evangelho e abrigou e sustentou em seu seio o paganismo e muitas heresias que antes rejeitara. A cristandade dormiu enquanto os mais perigosos inimigos da Igreja de Cristo semeavam o joio no meio do trigo.
2.3. A santidade da Igreja
Concupiscência é o desejo ardente de bens ou gozos materiais e carnais: Pode ser manifestada na sofreguidão pela aquisição de riquezas materiais, fama, status social e, na avareza, que é o apego excessivo ao dinheiro. Manifesta-se também, na glutonaria, na bebedice, nos vícios de qualquer natureza, na lascívia, na luxúria e em qualquer outro apetite sexual desenfreado. Observe que, de um modo geral, a concupiscência do mundo atenta contra a santidade e a justiça exigidas da vida cristã, impede o acesso ao Reino de Deus (Gl 5.19-21) e é satisfeita com recursos financeiros, razão pela qual Jesus afirmou categoricamente:
Não podeis servir a Deus e as riquezas (Mc 6.24; Lc 6.13). E Paulo disse: “o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores (1Tm 6.10)”.
3. SATANÁS TENTA DESTRUIR A IGREJA ADULTA
É Cristo quem credencia e capacita a Igreja para investir contra os portões do inferno e derrubá-los (Mt 16.18). Ele a instruiu nos princípios do Reino, indispensáveis a sua saúde, vitalidade, influência salvífica sobre o mundo (Mt 5.13) e por fim, a herança do Reino (1Co 6.9; Gl 5.21; Ef 5.5; Ap 22.14,15).
Ele a proveu de poder e de autoridade suficientes para o cumprimento de sua missão evangelizadora (Lc 10.19). Concedeu-lhe fé para resistir o Diabo (1Pe 5.9; Tg 4.7) que gostaria mesmo é de destruir o próprio fundamento da Igreja, Cristo.
Como isto é impossível, em todas as fases da história da Igreja, Satanás tem tentado levá-la a um modo de vida que, por si só, resulte no descredenciamento dela como poderosa agente do Reino de Deus (Ap 2.5) e na rejeição completa de Cristo a ela (Ap 3. 16). Apresentamos a seguir três pontos onde, infelizmente o inimigo obteve mais êxito:
3.1. Em levar o Cristianismo a agir contra a natureza e propósito da Igreja
Pouco antes da crucificação, Jesus deixou claro que Seu Reino, que inclui a Igreja, não é de natureza temporal e mundana (Jo 18.36). Ele instruiu os discípulos acerca do poder que concederia a Igreja para que ela cumprisse todos os propósitos para os quais seria edificada (Mt 16.18; 28,19; 10.1; Lc 9.1,2; 10.19; 1Pe 4.11).
Mas, inimigos de Cristo, infiltrados nas organizações cristãs, tentaram usar a Igreja com propósitos temporais e políticos. Qualquer manual de História Medieval ou de História da Igreja nos informa do sucesso do Adversário nesta empreitada.
3.2. Na sedução do domínio e do poder
Todos os cristãos genuínos concordam que a doutrina cristã deve dominar a mentalidade dos povos, não a partir da força e do poder temporal, pois deste modo deixaria de ser cristã, mas a partir da obra transformadora de Cristo efetuada no coração dos homens pela agência da Igreja. Cristo, cabeça da Igreja, não precisa estabelecer um reino temporal (Jo 18.36), visto que Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16) e Sua Noiva não deve se embaraçar com negócios desta vida (2Tm 2.4). O projeto de Hildebrando continha três erros gravíssimos destinados a destruir a Igreja.
O primeiro foi quanto à natureza da Igreja que não é deste mundo (Jo 17.16) e, portanto, não depende e não pode depender de possuir o controle político dos povos para exercer influência sobre eles. O segundo foi a tentativa de atribuir ao corpo o Reino e o poder da Cabeça (Ef 1.22; Ef 5.23; Cl 1.18; Ap 11.15). O terceiro foi o mesmo erro do filho pródigo: Tentar gozar antecipadamente a herança dos santos (Ap 5.9,10; 20.6; 22.5).
3.3. Na organização e métodos de trabalho da Igreja
As ordens bíblicas: “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, e, assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também (1Pe 5.2; Cl 3.3)”, foram substituídas pela violência das cruzadas, pelas fogueiras da Inquisição e pela comercialização do perdão (venda de indulgências).
4. AS INVESTIDAS DE SATANÁS CONTRA A IGREJA CONTEMPORÂNEA
Nas lições 1, 2 e 6 vimos que os valores cristãos resultaram em numerosas "convicções" democráticas, como: a dignidade da pessoa humana, a liberdade, a solidariedade, o respeito pela natureza e a laicidade do Estado, entre outros.
Os inimigos de Cristo adulteram os princípios do Cristianismo e os utilizam na tentativa de aniquilar a Igreja do Senhor. Vamos conferir alguns?
4.1. A dignidade da pessoa humana
Baseia-se no relato bíblico da criação no qual Deus fez o homem à Sua própria imagem e semelhança. Satanás lança mão deste conceito e induz o ser humano a pensar que possui dignidade à parte de Deus e pode atingir por si mesmo a perfeição.
O homem, instiga Satanás, deve abandonar a idéia de que é criatura, adorador e servo para tornar-se criador, deus e senhor de si mesmo e varrer do mundo a ‘servil mentalidade cristã’ pois ela é a maior afronta à dignidade da pessoa humana.
Por causa desta distorção algumas leis estão sendo elaboradas para conferir status de “dignidade da pessoa humana” a práticas e comportamentos aos quais a Bíblia chama de pecado, abominação e confusão.
4.2. Os direitos humanos
O homem não regenerado deslumbra-se com os benefícios da dignidade, mas rejeita a base bíblica sem a qual inexistem tanto a dignidade como os ‘direitos’ dela procedentes. Por isto, principalmente no século XX e XXI, estão sendo elaboradas e aprovadas leis que definem e protegem como ‘direitos’ hábitos, vícios, comportamentos e certos aspectos culturais totalmente incompatíveis com a vida cristã e as práticas do Corpo de Cristo. Essas leis são formuladas para que comportamentos, escolhas individuais e algumas entidades espirituais, que a luz da Bíblia são pecados e espíritos malignos, sejam considerados direitos democráticos do indivíduo e preservação da cultura das minorias étnicas. Daí qualquer pessoa, prática ou entidade protegida por aqueles “direitos especiais” poderá se impor e se opor legalmente a Igreja. São “direitos humanos”. Assim, se alguém fizer uma “obra de arte”, em que símbolos cristãos são profanados, é liberdade de expressão. Mas se os cristãos se opuserem a tais obras “de arte”, isto é crime contra a liberdade de expressão. Se um professor do ensino público fundamental ensinar as crianças como se pratica qualquer modalidade de sexo, por exemplo, isto é respeito à dignidade da pessoa humana das crianças, que têm direito àquela informação. Se os pais dos alunos protestarem, isto é preconceito e ofensa a dignidade humana dos praticantes de alguma preferência sexual embutida no pacote ‘”democrático de educação sexual”. Se um cristão evangélico orientar os convertidos a fé cristã, oriundos de uma fé não cristã, por exemplo, a se desfazerem de seus objetos sagrados, isto é crime de preconceito religioso e ofensa às entidades espirituais daquela religião.
4.3. Estado Laico
Foi o cristianismo, com o seu elevado conceito de liberdade individual que possibilitou a criação de Estados neutros quanto à religião. O Estado Laico não pode adotar uma religião como oficial nem se opor e embaraçar as manifestações de qualquer religião seja ela professada pela maioria ou pela minoria.
Mas o que constatamos é que os poderes legislativos, executivos e judiciários dos Estados ditos laicos elaboram, editam e aplicam leis destinadas a calar a voz da Igreja sobre questões espirituais, éticas e morais contrárias à fé cristã.
CONCLUSÃO
Por tudo o que foi exposto percebemos que grande perigo e aperto se avizinha da Igreja. Densas nuvens estão se formando e os relâmpagos e trovões já começaram. Talvez sejam estes os “tempos trabalhosos”, de que Paulo nos fala e nos quais “todos os que querem viver piamente em Cristo Jesus padecerão perseguições" (2Tm 3.1.12).
TEXTO ÁUREO
“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo”. Ef 6.11.
VERDADE APLICADA
A Igreja existe na pessoa do próprio Jesus, se nutre dEle, se fortalece e se santifica nEle e, na sã doutrina, cresce e encontra seus princípios, objetivos, poder e vigor.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
1) Contribuir para que os alunos alcancem maior percepção e discernimento dos ardis de Satanás;
2) Destacar a importância da “nutrição doutrinária” saudável para o vigor da Igreja e para a qualidade da influência que ela exerce sobre a sociedade;
3) Ensinar que devemos vigiar, pois o inimigo espreita nossos fraquezas e defeitos morais como ferramenta contra a Igreja.
GLOSSÁRIO
Chamuscada: Levemente queimada, crestada;
Infante: Incapaz de falar, que está na infância, criança, infantil;
Mártir: Pessoa que sofreu tormentos, torturas ou morte por sustentar a fé cristã.
INTRODUÇÃO
Muitas estratégias diabólicas contra a Igreja consistem em distorcer, violar, ridicularizar, suprimir, reinterpretar, e relativizar as leis do Reino para minimizar e neutralizar a influência cristã no mundo e impedir o cumprimento desta profecia: “Não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor” (Jr 31.34; Hb 8.11).
1. SATANÁS ATENTA CONTRA A INFÂNCIA DA IGREJA
As diversas faixas etárias mencionadas nesta lição apontam apenas para o aspecto histórico e organizacional da Igreja. O corpo de Cristo (Cl 1.18; Hb 12.23) nunca envelhece e é indestrutível (Ap 7.14; 12.11).
Como Satanás desconhece “o mistério de Cristo e da Igreja” (1Co 2.7; Ef 5.32; Cl 1.26,27), ele ronda seus membros e líderes, para ver se encontra um ponto fraco pelo qual possa destruir a noiva do Cordeiro (1Pe 5.8). Entre suas táticas encontramos:
1.1. Perseguição legal
O inimigo imaginava que para salvar suas vidas, os membros da Igreja abandonariam a fé de Cristo. Satanás não queria mártires, queria desertores. Mártires enaltecem a Igreja, desertores a desonram.
Por meio de falsos judeus (Ap 2.9) acusou a Igreja recém-nascida de ser inimiga da lei, dos costumes e das tradições (6.13,14).
Esta falsa acusação culminou na primeira grande perseguição aos crentes em Jesus (At 8.1). A congregação foi dissolvida, mas a Igreja cresceu ao invés de morrer (v 4).
1.2. Adulteração da doutrina
Satanás usou dois poderosos venenos doutrinários contra a infância da Igreja: O legalismo judaizante e o Gnosticismo.O primeiro ensinava que para serem salvos os cristãos precisavam cumprir todas as exigências e cerimoniais da Lei Judaica. Se enveredasse por esta doutrina a Igreja poria entre os homens e Jesus todo o aparato legal do judaísmo. Isto prejudicaria o relacionamento dela com Cristo e a impediria de alcançar todos os povos da terra.O segundo designa o movimento religioso que floresceu durante os primeiros séculos da era cristã. Suas bases filosóficas eram as da antiga Gnose (conhecimento). Os gnosticos reivindicavam a posse de conhecimentos secretos indispensáveis à salvação que, segundo eles, só era obtida pelo conhecimento (Ap 2.24). Encorajavam a imoralidade e a licenciosidade como meios de libertar o espírito da matéria que, ensinavam eles, era o princípio do mal. De todas as heresias gnósticas a mais prejudicial era negação da humanidade, morte e ressurreição de Cristo, o que tornava vã toda a esperança cristã (1Co 15.17-19). Se a Igreja tivesse abraçado a doutrina gnóstica o Cristianismo teria se transformado em mais uma religião pagã entre as tantas que havia no Império Romano.
1.3. ‘Adesão’ da nobreza à fé cristã
Satanás explorou a vaidade dos cristãos, que exultaram por ter entre suas fileiras o cidadão número um do Império Romano.
No século III, o Cristianismo, expressão visível, ainda que muitas vezes distorcida, da Igreja, obteve a simpatia do imperador Constantino. Por influência e imposição dele muitos da nobreza foram admitidos na igreja sem a experiência da conversão e alguns deles até se tornaram mestres e líderes do Cristianismo (Ap 2.14).
2. SATANÁS TENTA ROUBAR A IGREJA JUVENIL
Embora tenha causado danos ao Cristianismo às tentativas acima não puderam extinguir a Igreja, que a despeito de toda oposição aberta e/ou velada foi se expandindo e alcançou a idade jovem (Ap 2.10). Nesta fase da igreja, a estratégia do inimigo consistiu em subtrair do Cristianismo tudo que Satanás considerasse vital a subsistência da Igreja. Consideraremos pelo menos três áreas em que a cristandade foi saqueada:
2.1. A liberdade da Igreja
A partir do século IV, o Cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano. Os imperadores sustentavam as organizações cristãs, interferiam nos negócios eclesiásticos e exerciam autoridade na igreja visível. O Império usou o Cristianismo para estender, fortalecer e manter o seu poder e o Cristianismo usou da força e do poder imperial para ‘converter’ os povos. Esta aliança mundana sacrificou a liberdade da Igreja de obedecer antes a Deus que aos homens (At 5.29), subjugou as organizações cristãs às vontades ímpias, foi responsável pela ceifa de milhares de vidas e por suscitar nos corações inconversos ódio ao Evangelho, rejeição a Cristo e ao Cristianismo e medo da Igreja.
2.2. Na pureza da adoração
O culto a Maria, nas suas mais variadas manifestações, substituiu o culto às deusas pagãs no coração do populacho que aderiu ao Cristianismo ‘da boca pra fora’. Ao deixar de depender unicamente de Cristo, o Cristianismo abandonou a pureza do Evangelho e abrigou e sustentou em seu seio o paganismo e muitas heresias que antes rejeitara. A cristandade dormiu enquanto os mais perigosos inimigos da Igreja de Cristo semeavam o joio no meio do trigo.
2.3. A santidade da Igreja
Concupiscência é o desejo ardente de bens ou gozos materiais e carnais: Pode ser manifestada na sofreguidão pela aquisição de riquezas materiais, fama, status social e, na avareza, que é o apego excessivo ao dinheiro. Manifesta-se também, na glutonaria, na bebedice, nos vícios de qualquer natureza, na lascívia, na luxúria e em qualquer outro apetite sexual desenfreado. Observe que, de um modo geral, a concupiscência do mundo atenta contra a santidade e a justiça exigidas da vida cristã, impede o acesso ao Reino de Deus (Gl 5.19-21) e é satisfeita com recursos financeiros, razão pela qual Jesus afirmou categoricamente:
Não podeis servir a Deus e as riquezas (Mc 6.24; Lc 6.13). E Paulo disse: “o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores (1Tm 6.10)”.
3. SATANÁS TENTA DESTRUIR A IGREJA ADULTA
É Cristo quem credencia e capacita a Igreja para investir contra os portões do inferno e derrubá-los (Mt 16.18). Ele a instruiu nos princípios do Reino, indispensáveis a sua saúde, vitalidade, influência salvífica sobre o mundo (Mt 5.13) e por fim, a herança do Reino (1Co 6.9; Gl 5.21; Ef 5.5; Ap 22.14,15).
Ele a proveu de poder e de autoridade suficientes para o cumprimento de sua missão evangelizadora (Lc 10.19). Concedeu-lhe fé para resistir o Diabo (1Pe 5.9; Tg 4.7) que gostaria mesmo é de destruir o próprio fundamento da Igreja, Cristo.
Como isto é impossível, em todas as fases da história da Igreja, Satanás tem tentado levá-la a um modo de vida que, por si só, resulte no descredenciamento dela como poderosa agente do Reino de Deus (Ap 2.5) e na rejeição completa de Cristo a ela (Ap 3. 16). Apresentamos a seguir três pontos onde, infelizmente o inimigo obteve mais êxito:
3.1. Em levar o Cristianismo a agir contra a natureza e propósito da Igreja
Pouco antes da crucificação, Jesus deixou claro que Seu Reino, que inclui a Igreja, não é de natureza temporal e mundana (Jo 18.36). Ele instruiu os discípulos acerca do poder que concederia a Igreja para que ela cumprisse todos os propósitos para os quais seria edificada (Mt 16.18; 28,19; 10.1; Lc 9.1,2; 10.19; 1Pe 4.11).
Mas, inimigos de Cristo, infiltrados nas organizações cristãs, tentaram usar a Igreja com propósitos temporais e políticos. Qualquer manual de História Medieval ou de História da Igreja nos informa do sucesso do Adversário nesta empreitada.
3.2. Na sedução do domínio e do poder
Todos os cristãos genuínos concordam que a doutrina cristã deve dominar a mentalidade dos povos, não a partir da força e do poder temporal, pois deste modo deixaria de ser cristã, mas a partir da obra transformadora de Cristo efetuada no coração dos homens pela agência da Igreja. Cristo, cabeça da Igreja, não precisa estabelecer um reino temporal (Jo 18.36), visto que Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16) e Sua Noiva não deve se embaraçar com negócios desta vida (2Tm 2.4). O projeto de Hildebrando continha três erros gravíssimos destinados a destruir a Igreja.
O primeiro foi quanto à natureza da Igreja que não é deste mundo (Jo 17.16) e, portanto, não depende e não pode depender de possuir o controle político dos povos para exercer influência sobre eles. O segundo foi a tentativa de atribuir ao corpo o Reino e o poder da Cabeça (Ef 1.22; Ef 5.23; Cl 1.18; Ap 11.15). O terceiro foi o mesmo erro do filho pródigo: Tentar gozar antecipadamente a herança dos santos (Ap 5.9,10; 20.6; 22.5).
3.3. Na organização e métodos de trabalho da Igreja
As ordens bíblicas: “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, e, assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também (1Pe 5.2; Cl 3.3)”, foram substituídas pela violência das cruzadas, pelas fogueiras da Inquisição e pela comercialização do perdão (venda de indulgências).
4. AS INVESTIDAS DE SATANÁS CONTRA A IGREJA CONTEMPORÂNEA
Nas lições 1, 2 e 6 vimos que os valores cristãos resultaram em numerosas "convicções" democráticas, como: a dignidade da pessoa humana, a liberdade, a solidariedade, o respeito pela natureza e a laicidade do Estado, entre outros.
Os inimigos de Cristo adulteram os princípios do Cristianismo e os utilizam na tentativa de aniquilar a Igreja do Senhor. Vamos conferir alguns?
4.1. A dignidade da pessoa humana
Baseia-se no relato bíblico da criação no qual Deus fez o homem à Sua própria imagem e semelhança. Satanás lança mão deste conceito e induz o ser humano a pensar que possui dignidade à parte de Deus e pode atingir por si mesmo a perfeição.
O homem, instiga Satanás, deve abandonar a idéia de que é criatura, adorador e servo para tornar-se criador, deus e senhor de si mesmo e varrer do mundo a ‘servil mentalidade cristã’ pois ela é a maior afronta à dignidade da pessoa humana.
Por causa desta distorção algumas leis estão sendo elaboradas para conferir status de “dignidade da pessoa humana” a práticas e comportamentos aos quais a Bíblia chama de pecado, abominação e confusão.
4.2. Os direitos humanos
O homem não regenerado deslumbra-se com os benefícios da dignidade, mas rejeita a base bíblica sem a qual inexistem tanto a dignidade como os ‘direitos’ dela procedentes. Por isto, principalmente no século XX e XXI, estão sendo elaboradas e aprovadas leis que definem e protegem como ‘direitos’ hábitos, vícios, comportamentos e certos aspectos culturais totalmente incompatíveis com a vida cristã e as práticas do Corpo de Cristo. Essas leis são formuladas para que comportamentos, escolhas individuais e algumas entidades espirituais, que a luz da Bíblia são pecados e espíritos malignos, sejam considerados direitos democráticos do indivíduo e preservação da cultura das minorias étnicas. Daí qualquer pessoa, prática ou entidade protegida por aqueles “direitos especiais” poderá se impor e se opor legalmente a Igreja. São “direitos humanos”. Assim, se alguém fizer uma “obra de arte”, em que símbolos cristãos são profanados, é liberdade de expressão. Mas se os cristãos se opuserem a tais obras “de arte”, isto é crime contra a liberdade de expressão. Se um professor do ensino público fundamental ensinar as crianças como se pratica qualquer modalidade de sexo, por exemplo, isto é respeito à dignidade da pessoa humana das crianças, que têm direito àquela informação. Se os pais dos alunos protestarem, isto é preconceito e ofensa a dignidade humana dos praticantes de alguma preferência sexual embutida no pacote ‘”democrático de educação sexual”. Se um cristão evangélico orientar os convertidos a fé cristã, oriundos de uma fé não cristã, por exemplo, a se desfazerem de seus objetos sagrados, isto é crime de preconceito religioso e ofensa às entidades espirituais daquela religião.
4.3. Estado Laico
Foi o cristianismo, com o seu elevado conceito de liberdade individual que possibilitou a criação de Estados neutros quanto à religião. O Estado Laico não pode adotar uma religião como oficial nem se opor e embaraçar as manifestações de qualquer religião seja ela professada pela maioria ou pela minoria.
Mas o que constatamos é que os poderes legislativos, executivos e judiciários dos Estados ditos laicos elaboram, editam e aplicam leis destinadas a calar a voz da Igreja sobre questões espirituais, éticas e morais contrárias à fé cristã.
CONCLUSÃO
Por tudo o que foi exposto percebemos que grande perigo e aperto se avizinha da Igreja. Densas nuvens estão se formando e os relâmpagos e trovões já começaram. Talvez sejam estes os “tempos trabalhosos”, de que Paulo nos fala e nos quais “todos os que querem viver piamente em Cristo Jesus padecerão perseguições" (2Tm 3.1.12).
Fontes: Bíblia Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa - Editora Betel
Revista Cidadania Cristã – Editora Betel - 3º Trimestre 2009 – Lição 13
Revista Cidadania Cristã – Editora Betel - 3º Trimestre 2009 – Lição 13
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